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F292, tudo para comemorar

Por Roberta Pennafort e RIO
Atualização:

Hoje será um dia como poucos para Rafael Ferreira Neves, o Rafah, músico de 24 anos vencedor do Prêmio Musique, do Estado. Ele vai ficar 24 horas sem dormir, mas é pelo melhor motivo do mundo: estrear com sua banda, a F292, conhecida apenas na internet, no Palco Sunset e ver um de seus grupos preferidos, o Coldplay, fechar a noite no Palco Mundo. O despertador tocaria antes das 3 h, quando a van do festival passaria na sua casa para apanhá-lo para a passagem de som. Até a madrugada de amanhã, o garoto de Madureira - bairro tradicional do samba carioca - espera se manter de olhos e ouvidos abertos para Chris Martin e cia."Somos a única banda que vai entrar sozinha no Sunset. Mostramos que é possível começar na internet e chegar ao maior evento do mundo. Vão dizer: 'Ninguém conhece essa banda'. Mas temos 68 mil seguidores no Twitter", dizia Rafah ontem à tarde, numa entrevista possibilitada pela gentileza de seus seguidores. Ele atendera a ligação no momento em que iniciava mais uma de suas populares transmissões pelo site Twitcam, de voz e violão. "Estou com 570 pessoas me assistindo. Mas isso é pouco, já tivemos 14 mil", explicava Rafah, hoje parceiro e filho artístico de Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, letrista de sua música Alguém, a vencedora do Musique.Ele e os amigos Juan Pinheiro (guitarra), Guilherme Duarte (bateria) e Estevão Paes (baixo) vão tentar descansar um pouco entre um show e outro, para poder resistir até o Coldplay. Na quinta, Rafah já teve um gostinho de Rock in Rio: vibrou com Ke$ha, Jamiroquai e Stevie Wonder. Só lamenta não ter visto Dinho abrir a noite como parte do tributo à Legião Urbana (chegou atrasado). "Não sei definir o que Dinho é pra mim. Chamo ele de pai."A princípio, a banda, que toca com o sol se pondo, depois de Zeca Baleiro e Lokua Kanza e antes de Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes, só terá tempo de mostrar Alguém. Já foram 218 mil atualizações do clipe, com participação do Capital, no YouTube. Os meninos apostam no Rock in Rio como propulsor da carreira. "Sei que, comercialmente falando, a banda muda de valor. Quem estiver lá vai saber que a gente existe."

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