No início de 2007, a Prefeitura de São Paulo divulgou que criaria um museu em homenagem ao sertanista Orlando Villas-Boas (1914-2002). O espaço ficaria no parque, então em construção, no lugar da antiga usina de compostagem da Lapa, na zona oeste. O novo parque foi aberto em 2010 pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, com o nome Parque Municipal Leopoldina-Orlando Villas-Boas. O museu, porém, ainda segue sem previsão de abertura.
1.Qual prédio abrigaria o Museu Orlando Villas-Boas?
A intenção do governo municipal era expor o acervo do sertanista dentro do parque criado no local da antiga usina de compostagem da Avenida Embaixador Macedo Soares, ao lado da Marginal do Tietê. Passados cinco anos, a Prefeitura diz ainda estar em negociação com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), dona do prédio onde ficaria o museu, para viabilizar o projeto.
2. O que seria exposto ao público?
Roupas, fotos, manuscritos originais de seus 14 livros e uma infinidade de pertences que remetem aos 24 anos que o sertanista passou com o irmão Cláudio no meio da Floresta Amazônica serão doados pela família à Prefeitura assim que o museu for aberto. Noel e Orlando, filhos do sertanista, voltaram a manifestar, no dia 28, em evento no Parque Leopoldina-Orlando Villas-Boas, a intenção de doar o acervo para a criação de um museu no local. O comitê gestor do parque também apoia o projeto.
3. Qual a importância histórica do sertanista paulista?
Em quase três décadas, entre 1940 e 1970, Villas-Boas ajudou a abrir mais de 40 cidades, 19 campos de pouso e conseguiu que o governo federal criasse em Mato Grosso, em 1961, o Parque Nacional do Xingu. Ele passou a vida toda defendendo o direito de os indígenas ficarem nas terras nas quais estavam suas aldeias. Parte dessa história pode ser vista no filme Xingu, dirigido por Cao Hamburger, em cartaz.
4. Por que o parque da Lapa foi escolhido para a homenagem?
Dois anos antes de morrer, em 2000, Villas-Boas foi um dos principais defensores do fechamento da usina de compostagem da Lapa. Na época, ele já defendia que fosse construído um parque no local.
5. O que diz a Sabesp?
A empresa informou que "o processo de desapropriação da área está em andamento" e que "a Prefeitura de São Paulo, por meio da sua Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, tem a posse legal do imóvel".
A QUEM RECLAMAR
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