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Explosão em restaurante próximo matou 4 em outubro

Estoque clandestino de gás provocou o acidente no restaurante Filé Carioca, que fica a 500 m dos prédios que caíram

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Por Redação
Atualização:

A explosão no restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, centro do Rio, distante cerca de 500 metros do local do desabamento de ontem na Cinelândia, deixou quatro mortos em 13 de outubro. A explosão foi causada por um estoque clandestino de cilindros de gás, segundo apurou a Polícia Civil.A explosão chegou a arremessar uma das vítimas a 35 metros de distância e fez os prédios vizinhos tremerem. Um dos edifícios teve as janelas danificadas até o nono andar, por causa da força do deslocamento de ar. A área ao redor da Praça Tiradentes ficou interditada por cinco dias.O acidente ocorreu às 7h21, quando os primeiros funcionários do restaurante chegavam para trabalhar. Eles sentiram o cheiro forte de gás, segundo outros funcionários relataram à polícia.Dois funcionários morreram na hora. O bancário Matheus Maia Macedo de Andrade, de 19 anos, que estava passando na frente do restaurante, também morreu no momento da explosão. A quarta vítima morta, um auxiliar de cozinha do restaurante de 28 anos, não resistiu após passar cinco dias internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, também no centro do Rio.O dono do restaurante, Carlos Rogério do Amaral, foi acusado de estocar ilegalmente seis botijões de gás na cozinha do restaurante. Peritos criminais encontraram ainda uma mangueira remendada que seria usada na ligação dos botijões. Como o restaurante funcionava desde 2008 com um alvará provisório da Prefeitura do Rio de Janeiro e nunca teve laudo do Corpo de Bombeiros, a prefeitura chegou a prometer, na época, uma reformulação da legislação que determina as normas de emissão de alvarás.O Ministério Público denunciou dez pessoas por envolvimento na explosão e "por ofender a integridade física dos clientes e demais pessoas que passavam na hora da explosão". Foram denunciados o dono do restaurante Filé Carioca, Carlos Rogério do Amaral, que contratou os serviços da firma SHV Gás Brasil para instalação de seis cilindros de gás, acondicionados de forma camuflada em local impróprio e inadequado, sem ventilação, no porão, do estabelecimento comercial, o gerente, Jorge Henrique do Amaral, o representante da firma de gás, o síndico do prédio, além de cinco funcionários da prefeitura. / B.R.

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