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‘Explosão’ de blocos leva mais foliões à 25 de Março

Comerciantes apostam em aumento das vendas de acessórios com ‘febre’ de festas nas ruas; Copa também vira tema de adereços e empolga lojistas

Por Monica Reolom
Atualização:

O ressurgimento dos blocos de carnaval não afeta o trânsito apenas nos dias de desfiles, mas também no tradicional roteiro de compras da Rua 25 de Março e arredores, no centro de São Paulo. Os compradores lotam as vias em busca de acessórios para desfilar pelas ruas da cidade.

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"Têm saído muitos adereços para usar na rua, como chapéus, óculos, perucas", afirma Pierre Sfeir, dono de uma loja de fantasias na Ladeira Porto Geral há quase 40 anos e um dos diretores da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco). O balanço das vendas de carnaval só sairá depois do dia 28, mas a expectativa é de que aumentem 12% ante o mesmo período do ano passado.

"Por causa dos blocos, tem saído bastante espuma", disse a funcionária de uma loja na correria do atendimento aos clientes. A vendedora de outra loja lamenta que não tenha mais acessórios à venda. "Infelizmente, aqui na loja não investiram em carnaval de rua", disse.

O técnico em informática Antonio Norberto, de 56 anos, estava em busca de colares havaianos para os integrantes do bloco Imperatriz do Tombo, que sairá no Guarujá, litoral paulista. "Só eu que levo a chicotada", brincou ele, afirmando que foi destacado como comprador do grupo. Norberto diz que todos os anos se envolve com carnaval e vê com bons olhos o aumento do número de blocos de rua. "Carnaval tem de contar com a participação de todo mundo."

Outro item que voltou a ser popular neste ano são as máscaras de políticos. "No ano passado, caíram as vendas. Agora, aumentaram por causa do julgamento do Mensalão", disse Sfeir. "As pessoas escolhem as máscaras de José Genoino e do José Dirceu para usar com fantasias de presidiários", disse uma vendedora. "Temos de repô-las o tempo inteiro."

Segundo a vendedora Thaís da Silva Moreira, a máscara de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), é a que mais sai, mesmo sendo a mais cara por causa do óculos de plástico: R$ 10. A que menos tem interessados é a da ministra da Cultura, Marta Suplicy. "Acho que é porque não está muito bem feita", disse a vendedora Rosana Brandino, referindo-se ao acabamento do produto.

Copa. Chama a atenção o fato de todas as lojas venderem itens de carnaval com a temática da Copa do Mundo, como cornetas e chocalhos verde-amarelos. "Como nós temos muitos anos de ‘praia’, sabemos que Copa vende muito. Está vendendo quase mais do que carnaval", afirmou Sfeir. "E esperamos vender cinco vezes mais do que nos outros Mundiais", disse o diretor da Univinco.

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