Executada com 10 tiros na frente da filha

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Por / V.F.
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Na noite seguinte ao Dia de Finados, a policial militar Marta Umbelina da Silva, de 44 anos, resolveu acompanhar a filha mais velha, Joyce, de 21, até o ponto de ônibus. Levou junto a caçula, de 11. Ela andava preocupada com a segurança da família, que mora na Brasilândia, zona norte. Na volta, já na porta de casa, a PM foi executada com dez tiros diante da própria filha. "A menina até hoje não abriu a boca para contar o que aconteceu. Não falou nem para a psicóloga", diz a irmã de Marta, a enfermeira Marlene, de 48 anos, que está preocupada com tanto silêncio.Além da preocupação, Marlene e os outros quatro irmãos não sabem o que fazer. A mãe, a mineira Matildes, de 78, está à base de antidepressivos. "A gente não consegue trabalhar. Nesta semana, desmaiei no hospital onde trabalho. Marta estava no auge da vida." Alegre e muito vaidosa, a PM havia acabado de quitar a casa onde morava e comprado um Gol. "Também estava feliz porque começaria um curso de reciclagem", conta Marlene. Marta estava havia 15 anos na corporação e trabalhava no RH. Segundo a irmã, ela nunca havia usado sua arma e achava que estava destreinada. Sua função na polícia era dar assistência aos familiares de policiais que morriam.

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