09 de novembro de 2013 | 02h06
Segundo aliados do ex-prefeito, Kassab teria argumentado que o enfraquecimento de sua imagem agora também seria prejudicial ao PT na disputa ao governo do Estado nas eleições de 2014, uma vez que ambos querem tirar o PSDB de Geraldo Alckmin do Palácio dos Bandeirantes, onde está há quase 20 anos.
A cúpula petista fez os cálculos e já mandou recado para Haddad. Pré-candidato à sucessão estadual, Kassab é visto pelo PT como fundamental para ajudar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ir ao segundo turno contra Alckmin. Em 2010, o governador venceu o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no primeiro turno, com 50% dos votos.
O PT aposta que, aos cerca de 30% dos votos projetados para Padilha, somem-se entre 10% e 15% para Kassab e para o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB), impedindo que a eleição seja definida já no primeiro turno. Do ponto de vista político, o cenário ideal tanto para Kassab quanto para Padilha é de que o escândalo da máfia do ISS fique restrito apenas a servidores de carreira da Prefeitura. Do contrário, o ex-prefeito pode virar candidato nanico em 2014.
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