
19 de novembro de 2010 | 03h14
SÃO PAULO - Em assembleia realizada na noite de quinta-feira, 18, os cerca de 200 estudantes que ocuparam, por volta das 12 horas, a reitoria do campus Perdizes (zona oeste de SP) da Pontifícia Universidade Católica (PUC), decidiram manter a ocupação. O grupo afirma que entregou, há duas semanas, um documento com uma série de reivindicações à reitoria; e, como não teria obtido "respostas em alguns itens importantes, como o da redução das mensalidades", os alunos decidiram pela ocupação. Os estudantes prepararam um novo documento que será entregue nesta sexta-feira, 19, ao reitor.
Na lista de reivindicações dos estudantes estão os seguintes itens: redução imediata das mensalidades; abertura do edital de bolsas, cedidas pela Universidade; flexibilização da negociação das dívidas dos inadimplentes; rematrícula dos inadimplentes; redução do preço do restaurante universitário; criação de um centro de educação infantil, para estudantes e trabalhadoras deixarem seus filhos; auditoria da dívida da PUC feita pela comunidade; nenhuma punição aos estudantes mobilizados; fim da Secretaria de Administração Escolar (SAE), em pró das secretarias específicas das faculdades; incorporação dos funcionários terceirizados ao quadro de funcionários da Universidade; fim do Conselho Administrativo em pró de um Conselho Universitário participativo a professores, funcionários e estudantes; e fim do contrato maximizado dos professores.
Em nota, a Secretaria Executiva da Fundação São Paulo afirma "externar sua decepção com a atitude de um grupo de estudantes, ligado a alguns Centros Acadêmicos da PUC-SP, de ocupar ilegalmente as dependências da Reitoria da Universidade".
A Fundação nunca se furtou ao diálogo com todos os estudantes, participando, inclusive, de audiência pública realizada recentemente e acolhendo estudantes em conversas individuais, e que, no momento da ocupação, o Conselho de Administração da Universidade encontrava-se reunido, deliberando benefícios para os estudantes do curso de Serviço Social.
Com esta atitude violenta, os estudantes rompem o diálogo e se isolam. Aguardamos que o bom senso prevaleça, que a atitude seja revista e se restabeleça a ordem no convívio do Campus Monte Alegre".
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