Estudante de arquitetura é preso por depredar a Prefeitura

O universitário Pierre Ramon Alves de Oliveira, de 20 anos, foi detido no início da tarde. Ele afirmou à polícia que não é ligado a partidos políticos nem ao Passe Livre

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Por Bruno Paes Manso e Breno Pires
Atualização:

Atualizado às 00h49

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SÃO PAULO - Um dos responsáveis por atos de vandalismo na frente da Prefeitura no

sexto protesto contra o aumento da tarifa em São Paulo

, nessa terça-feira, 18, foi detido e prestou depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) na quarta-feira, 19. O universitário Pierre Ramon Alves de Oliveira, de 20 anos, é estudante de arquitetura da FMU e foi liberado depois que o pedido de prisão temporária foi negado pela Justiça. Ele atacou a Prefeitura e ajudou a queimar um carro da Record, segundo a polícia.

Os policiais civis procuram outros quatro amigos de Oliveira, que também teriam participado dos atos de vandalismo. O universitáriofoi detido por volta das 13h próximo ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. Quando os policiais o abordaram, o universitário ajudava o pai a entregar uma carga de máquinas. Ainda segundo a polícia, além de ajudar o pai na empresa de entregas, Oliveira faz "bicos" como garçom.

Segundo o delegado Antônio de Olim, da divisão de crimes contra o patrimônio do Deic, Oliveira disse que não é ligado a partidos políticos nem ao Movimento Passe Livre. O jovem deve ser indiciado por dano ao patrimônio, um crime que permite que ele saia da prisão ao pagar fiança.

Mencionado os dois crimes, o delegado Roberto Afonso da Silva, tambem do Deic, responsável pela investigações, entregou na tarde de quarta-feira um pedido de prisão temporária de Oliveria a um juíz, mas a solicitação foi negada. O suspeito acabou liberado, mas as investigações prosseguem.

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Ao sair do Deic, Oliveira falou com os jornalistas (ver vídeo acima): "Peço desculpas a todos os manifestantes do Movimento Passe Livre. Vou responder pelos meus atos, mas estou de cara limpa e gostaria que as outras pessoas que participaram da depredação se entregassem à polícia. Confessei, não me mascarei", disse. Ele negou participação na queima de uma van da Record na frente da Prefeitura.

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