
25 de março de 2012 | 03h03
"O estrangeiro vem de uma cultura diferente, deixa a bolsa em determinado lugar e imagina que não vai acontecer nada, porque no país dele é possível fazer isso. E assim o ladrão faz mais uma vítima", observa o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, responsável pela Divisão de Portos, Aeroportos, Proteção ao Turista e Dignitários. Mas há uma ressalva. Segundo a polícia, a maioria das vítimas orientais já está radicada no País, mas se apresenta como visitante por temer problemas com a imigração.
O furto pode acontecer mesmo diante da vítima. Em abril, um fotógrafo francês, de 56 anos, tomava café em um hotel da zona sul e aceitou ter como companhia uma desconhecida - loira, cabelos longos, 25 anos. Quando a mulher foi embora, percebeu que ficou sem a pochete, com 600 e R$ 200.
Muitas pessoas ainda registram BO por furto quando perdem um objeto. "O celular cai e ele diz que foi furtado, quando na verdade tinha bebido demais e nem percebeu o ocorrido. Aí fazemos os 'BOs sociais', fadados a não ter esclarecimento, porque servem apenas para preservação de direitos", afirma o delegado Aldo Galiano Junior. O índice de esclarecimento de casos da Deatur chega a 38%. / W.C.
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