A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima que 1,7 milhão de veículos deixem a capital paulista no feriado prolongado de Ano Novo. Entre sexta e terça-feira, a companhia executará a Operação Estrada, cujo objetivo é monitorar principalmente os acessos às rodovias e as regiões dos terminais rodoviários Tietê, Barra Funda e Jabaquara, para assegurar a fluidez do trânsito e a segurança de motoristas e pedestres. Veja também: Motorista enfrentaram lentidão rumo ao litoral nesta quinta Revéillon: veja o que abre e o que fecha em São Paulo Ao vivo: sistema Castelo Branco-Raposo Tavares Ao vivo: sistema Anhangüera-Bandeirantes Ao vivo: Rodovia Presidente Dutra Ao vivo: estradas que dão acesso ao litoral Diante da explosão do número de acidentes e mortes nas rodovias federais no feriado do Natal, o ministro da Justiça, Tarso Genro, determinou nesta quinta-feira, 27, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) torne ainda mais rigorosa a fiscalização na operação Ano Novo, que começa à zero hora da sexta-feira. Entre as medidas definidas estão a mobilização e redistribuição de todo o efetivo da PRF, formado por 9,7 mil policiais, e o emprego maciço de tecnologia para fiscalizar, orientar e punir motoristas infratores. A CET recomenda aos motoristas que, se possível, viajem entre 22 e 6 horas. Da meia-noite de sábado, 22, à zero hora de quarta-feira, 26, foram registrados 2.561 acidentes nas estradas federais, com 1.870 feridos e 196 mortos - 51% acima do ano passado. Foi o Natal mais sangrento da história do País, desde que os indicadores começaram a ser medidos, há 20 anos. Entre os fatores que contribuíram estão a crise aérea e o crescimento da frota, que passou de 45 milhões para cerca de 50 milhões de veículos este ano. Mas segundo a PRF, a principal causa dos acidentes, disparada, foi a imprudência dos motoristas, combinada com consumo excessivo de álcool e alta velocidade. "É preciso apertar a fiscalização e torná-la mais exigente e rigorosa a curto prazo e tornar as leis mais punitivas, a médio prazo, para exigir mais responsabilidade de pessoas às quais a vida dos outros parece não lhes interessar", observou o ministro. Os policiais tiveram folgas e licenças suspensas e foram instruídos a concentrar atenção nos pontos críticos, como as rodovias do Sul e Sudeste, sobretudo as que cortam o Estado de Minas Gerais, que concentraram mais de 70% dos acidentes. Por determinação do ministro, o diretor-geral da PRF, Hélio Derenne, assumiu o comando da operação e enviou circular aos superintendentes do órgão em todos os Estados pedindo alerta total.