Em nota divulgada ontem à noite, o vereador Aurélio Miguel (PR) negou enfaticamente que tenha achacado empresários durante a CPI do IPTU e se colocou à disposição do Ministério Público. "Trata-se de uma campanha difamatória motivada por minha atuação firme na investigação dos desmandos que existem em órgãos da Prefeitura", disse. Miguel ainda informou que o relatório final da CPI foi votado e aprovado por todos os demais integrantes da comissão: Antonio Donato (PT), Adilson Amadeu (PTB), Cláudio Fonseca (PPS), Arselino Tatto (PT), Abou Anni (PV), Wadih Mutran (PP), Marta Costa (PSD) e Souza Santos (PSD)."O trabalho resultou no aumento da arrecadação municipal em cerca de R$ 640 milhões, sem aumento de tributos. Isso foi fruto de um aumento de incidência de impostos sobre mais de 3 milhões de metros quadrados até então não incluídos nos talões de IPTU."Mais cedo, por volta das 15 horas, o vereador havia se defendido pelo microfone do plenário da Câmara. Atribuiu a denúncia de que teria recebido propina para favorecer a aprovação de obras irregulares em dois shoppings de São Paulo à ação de inimigos que acumula desde que começou a fazer oposição à gestão Gilberto Kassab (PSD). "Tenho incomodado muita gente. Esperava que, em determinado momento, isso aconteceria. Mas não conseguirão me calar. Acusam-me do crime que tenho sistematicamente denunciado nesta Casa."O vereador ressaltou sua disposição em tentar aprovar uma CPI para apurar o caso Aref. "Creio que é a hora mais adequada. É claro que nesse momento e, por essas acusações infundadas, me sentirei impedido de participar da CPI, mas ela deve ser instalada." Por fim, Miguel informou desconhecer a autora da denúncia - a ex-diretora da BGE, Daniela Gonzalez - e disse estar tomando todas as medidas legais./ A.F. e D.Z.