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Estacionamentos clandestinos lucram com turistas

Proprietários de terrenos no litoral usam os espaços para guardar carros e cobram até R$ 40 pela diária

Por Reginaldo Pupo
Atualização:

Espremidas entre a serra e o mar, as cidades do litoral norte paulista não têm extensas áreas urbanas, o que dificulta o trânsito e o estacionamento de veículos. Para aproveitar a invasão de turistas, proprietários de terrenos na região transformam os espaços em estacionamentos improvisados.

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Por trabalhar clandestinamente, sem autorização das prefeituras, eles não podem oferecer seguro para os visitantes. Além disso, os terrenos não têm estrutura adequada, como portões ou cobertura. Estacionar em um local desses pode custar até R$ 40 a diária.

“Unimos o útil ao agradável. Não tem como estacionar em Maresias e os proprietários (de veículos) correm o risco de serem multados, já que deixam seus carros nos acostamentos e até sobre as calçadas. Então, oferecemos nosso terreno como estacionamento”, afirmou um flanelinha, que se identificou como João. 

“Ele (turista) paga uma taxa de R$ 30 para deixar o carro o dia inteiro e ainda faturamos uma graninha, porque alguém tem de levar o leitinho das crianças”, ironizou. João é responsável por um dos terrenos que servem como estacionamentos clandestinos localizados na Avenida Francisco Loup, a principal via da Praia de Maresias, em São Sebastião. Por volta das 15 horas de ontem, o local estava lotado, com 36 automóveis.

A reportagem não conseguiu localizar nenhum representante da prefeitura de São Sebastião na tarde de ontem para comentar sobre a fiscalização dos terrenos.

Banheiro. Quem estiver na Praia de Toque-Toque Grande, em São Sebastião, e precisar ir ao banheiro terá de desembolsar R$ 30 para usar os sanitários. Um restaurante pé na areia cobra a taxa para inibir o uso do local. Clientes estão isentos do valor. “Se abrirmos para todos os banhistas, vira um lixo e não temos pessoal para mantê-lo limpo”, justifica o gerente, que preferiu não se identificar.

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