06 de junho de 2011 | 00h00
Advogados ouvidos pelo Estado consideram improvável a condenação dos 439 bombeiros presos, caso venham a ser processados por terem ocupado e danificado veículos e instalações do quartel central da corporação.Lembram que, como eles integravam um grupo grande, será quase impossível atribuir responsabilidades individuais.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio acompanha o caso. O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, criticou "as dificuldades impostas pelo governador Sérgio Cabral para que advogados dos grevistas presos tenham contato com eles" e também o fato de não haver mais negociação entre as partes.
O advogado criminalista Arthur Lavigne levantou dúvidas quanto à acusação de motim. "O que vimos ali foi um protesto em busca de melhores condições de trabalho que extrapolou."
Para o advogado José Carlos Tórtima, que também classifica como justo o pleito, um possível processo levaria muitos anos a ser concluído. "Imagine ouvir 439 pessoas e as cinco testemunhas arroladas por cada um. Seriam mais de 2.000 pessoas. Esse processo não acabaria nem em 50 anos."
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