PUBLICIDADE

'Essa história toda foi uma surpresa'

Secretário da gestão Haddad diz que nunca recebeu dinheiro dos servidores acusados de chefiar esquema

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

O senhor recebeu dinheiro do Luis Alexandre Magalhães?De jeito nenhum, de nenhum deles. Nunca recebi dinheiro. Não tinha menor sentido pedir dinheiro para servidor, não me passava pela minha cabeça.Recebeu alguma oferta?Também não.Tinha conhecimento de que eles ofereciam dinheiro?Nunca imaginei. Essa história é uma grande surpresa. Primeiro, não sabia que eles se relacionavam entre si.O sr. conhecia o Ronilson Bezerra Rodrigues? Eu conheci vários funcionários da Prefeitura. Ele frequentava a Câmara, representava o secretário Mauro Ricardo e eu era da Comissão de Finanças. Tive contatos com o ele por essa relação institucional. Mas o sr. o indicou para o secretário Jilmar Tatto (de Transportes) para o cargo de diretor financeiro da SPTrans.Não o indiquei para o Tatto. Todos os diretores financeiros das empresas passam pelo secretário de Finanças, Marcos Cruz. Sugeri que o Rodrigues fosse aproveitado em alguma das empresas municipais.Por que fez essa sugestão? Isso foi em janeiro, não existia nenhuma investigação sobre ele. Eu o conhecia como um servidor capacitado, com bagagem técnica. E o Marcos Cruz também o conhecia porque, na transição, ele foi indicado pelo Mauro Ricardo para fazer a transição. Quem indica o Rodrigues para o Tatto é o Marcos Cruz, não sou eu. A nomeação foi em fevereiro, quando não havia acusação contra ele. A única havia sido arquivada.Vocês tiveram conhecimento dessa investigação na transição?Tivemos. E, na transição, questionamos o Mauro Ricardo. Ele falou que tinha um procedimento na Corregedoria e, em dezembro, arquivaram.Como o Rodrigues o procurou?Quando ele foi depor na Controladoria. Eu o atendi por 5 minutos. Ele me disse que estavam pegando pesado com ele e eu disse: 'Ronilson, não tenho nada a ver com isso, ela é autônoma. Se você não tem nada, fique tranquilo'.Você conhecia os outros?Conhecia como conheço vários funcionários. Conheci (o Luis Magalhães) como vereador. Ele me procurou para se colocar à disposição. Foi em 2008, durante a eleição. Mas não é uma relação que se estendeu. O Barcellos eu conheci em 2009, nessa questão: ele cuidava do IPTU e deve ter ido à Câmara para tratar disso. O Lallo eu não conheço.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.