'ESMALTE' AZUL DE UNHA DE BANDEIRANTE É LIMPO

Prefeitura de São Paulo usou solvente e 6 mil litros de água para remover giz de cera do 'empurra-empurra'; estátua passará por nova limpeza hoje

PUBLICIDADE

Por Tiago Dantas e JORNAL DA TARDE
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo começou a limpar ontem o Monumento às Bandeiras, na frente do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital. As unhas do pé de um dos bandeirantes retratados na escultura de Victor Brecheret (1894-1955) haviam sido pintadas de azul no fim de semana. O trabalho de limpeza deve ser concluído hoje.

Ainda não se sabe quem foi o autor da "pintura", considerada um ato de vandalismo contra um dos símbolos da metrópole. Funcionários da Prefeitura disseram que o responsável pelo ato usou giz de cera para tingir de azul parte da estrutura cinza de granito maciço da escultura, também conhecida como "empurra-empurra" ou "deixa que eu empurro".

Pichar um patrimônio tombado pelo poder público, como o Monumento às Bandeiras, é considerado um crime ambiental. A pena para esse crime varia de seis meses a um ano de prisão, além de prever multa.

Os funcionários contratados pela Prefeitura começaram a trabalhar na limpeza por volta das 8h30 de ontem. O giz aderiu à estrutura porosa e, para ser retirado, foi necessário usar solvente. O mesmo material foi empregado em outros pontos da estátua que também estavam com manchas azuis.

Na sequência, toda a estrutura foi lavada com 6 mil litros de água. O mesmo serviço será repetido hoje.

Prevenção. Responsável pela manutenção de 400 obras de arte espalhadas pela cidade, a Secretaria Municipal de Cultura informou que os monumentos são "limpos com intervalos trimestrais, necessários para conservação". "Não é recomendável fazer a limpeza com intervalo muito curto" para evitar o desgaste do material, disse, em nota.

Apesar disso, a lavagem de uma estátua pode ser antecipada em casos de vandalismo, ainda de acordo com a pasta. A Prefeitura informou também que não tem planos para cercar o Monumento às Bandeiras.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.