
17 de agosto de 2012 | 22h27
SÃO PAULO - As seis pessoas que estavam na Joalheria Guerreiro durante o assalto desta sexta-feira, 17, viveram momentos de pânico após o pacote com uma bomba ser deixado em um dos balcões da loja. Depois que a empresária Márcia Pellegrini deixou o local, os seis funcionários ficaram escondidos no fundo do estabelecimento, com medo de que tudo fosse pelos ares. Mesmo escondida, uma das funcionárias conseguiu chamar a polícia quando percebeu a ação dos criminosos.
No momento do assalto, os únicos clientes na loja era um casal de Mato Grosso que está em São Paulo para fazer uma viagem internacional.
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Até o começo da noite, eles não haviam conseguido deixar a cidade porque os documentos ficaram no local do crime, que ainda passaria por perícia. As vítimas só deixaram a joalheria depois de a polícia chegar.
Ouro. A gerente da Joalheria Guerreiro, Lilian Gomes de Almeida, disse que o mais curioso foi a ordem dada pelos criminosos: eles queriam ouro. "Nossa loja é conhecida por trabalhar com prata. Temos pouca coisa de ouro", afirmou ela.
A gerente especulou se a joalheria foi escolhida por ter aparecido no programa A Liga, da TV Bandeirantes, há uma semana. "Lilian Gonçalves (dona de bares e restaurantes na cidade) comprou um anel de R$ 50 mil aqui durante o programa", lembrou.
A gerente disse também ter conversado com Márcia Pellegrini e ouvido dela que os criminosos disseram que o assalto seria em um lugar que ela "deveria conhecer".
"É uma moça bem vestida, bonita, que, com certeza, poderia ser uma cliente." Lilian falou também que a loja tem um segurança, que estava no local no momento da ação, e que ele conseguiu acionar um dos alarmes silenciosos da joalheria quando percebeu o assalto.
Segundo a funcionária, nenhuma atividade suspeita foi notada nos últimos dias, nada que pudesse indicar que havia alguém estudando o lugar para cometer o crime. Como até as 20h30 desta sexta a loja não havia sido liberada pela perícia, a gerente afirmou não ter ideia de quantas joias foram levadas.
Câmeras. A loja tem seguro e a ação foi monitorada por câmeras de segurança. "Só filmaram a moça (Márcia) dentro da loja. O cara ao telefone falou que estava do outro lado da rua com as vendedoras na mira", afirmou a gerente.
A vendedora que conversou com os criminosos por telefone foi levada para o 78.º Distrito Policial, nos Jardins, e ainda prestava depoimento no começo da noite desta sexta.
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