ANÁLISE: Roberto Lobo
Os docentes da USP foram decisivos na eleição. Houve clara demonstração, ao escolher Marco Antonio Zago e seu currículo, da opção pela excelência acadêmica e pela meritocracia. O novo reitor enfrentará desafios que exigirão liderança ativa. Ele deve convencer e buscar adesões para compatibilizar, no curto prazo, o orçamento da USP e suas múltiplas demandas.
A USP não pode responder a todas as expectativas da sociedade. Para isso, há o sistema de educação superior estadual, federal e privado. É difícil compatibilizar a política de meritocracia com a inclusão.
É cada vez mais importante aliar os bons indicadores quantitativos de formação superior e produção científica e tecnológica, que a USP possui, com indicadores qualitativos per capita, comparáveis às melhores universidades do mundo. Isso exige mais internacionalização e inovação, fundamental para o desenvolvimento do País.
Não será possível também deixar de lado aspectos mais profissionais da gestão, como ação e planejamento baseados em indicadores com embasamento científico, para melhor uso de recursos.
É EX-REITOR DA USP E CONSULTOR EM EDUCAÇÃO