
31 de dezembro de 2012 | 02h03
"Acho que ainda falta motivação para que as mulheres disputem o poder com os homens. Muitas ainda acham que não vale a pena, pois associam equivocadamente a política com falta de moral. Mas a política é a forma que temos para melhorar a sociedade", defende Erundina.
Depois dela, as mulheres minguaram na administração paulistana. Paulo Maluf (PP) e Celso Pitta tiveram apenas uma mulher cada em seus respectivos secretariados, e ambas em pastas sociais. A prefeita Marta Suplicy (PT) voltou a aumentar o total de mulheres na pasta, com quatro postos, mas José Serra (PSDB) reduziu novamente, escalando apenas três.
O prefeito Gilberto Kassab (PSD), com parte do secretariado formado por amigos da faculdade de engenharia, foi pouco generoso. Só escalou Alda Marco Antônio, que dividiu o posto de vice-prefeita com o de secretária da Assistência Social.
Para Erundina, as mulheres não são melhores gestoras do que os homens. A diferença, na visão da ex-prefeita, é que elas costumam romper com a postura tradicionalista e patrimonialista que domina a política brasileira. "A mulher, além disso, costuma ser mais aberta para ouvir o outro, tem maior sociabilidade, é mais criteriosa. Mais mulheres no poder podem ajudar a construir novos comportamentos na política", diz. / A.F. E B.P.M.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.