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Equilíbrio mostra amadurecimento das escolas de SP

Por É PRESIDENTE DA UNIÃO DAS ESCOLAS DE SAMBA PAULISTANAS (UESP)
Atualização:

Análise: Kaxitu Ricardo CamposO carnaval de São Paulo está cada vez mais equilibrado. Neste ano, não houve um abismo técnico entre as escolas que chegaram agora para a disputa no Grupo Especial e aquelas já consagradas. O nivelamento mostra um amadurecimento muito grande e podemos ter surpresas tanto em relação à campeã quanto a quem cai.Os destaques na primeira noite ficaram para as comissões de frente da Rosas de Ouro e da Camisa Verde e Branco. Pela Rosas, a presidente Angelina Basílio desfilou fazendo parte da comissão, representando uma rainha. É algo inusitado. Normalmente, um presidente adota postura mais sisuda, até porque é responsável pela parte administrativa da escola. Já a Angelina foi muito bem, mostrou um pouco daquilo que é no dia a dia.A comissão de frente da Camisa Verde e Branco também foi muito bem com a representação da família Tobias. No aspecto plástico, a maquiagem dos personagens foi perfeita. Quem conheceu o Carlos Alberto Tobias (ex-presidente da escola) sabe que a pessoa que o interpretou fez isso muito bem. A exibição dos intérpretes da Vai-Vai e da Mancha Verde foram os pontos altos no lado musical. Aliás, a Mancha se destacou na emoção. A escola foi de uma ousadia muito grande. Mesmo sendo uma entidade de torcida e ligada à comunidade italiana, trouxe para a avenida o espírito afro e contagiou o público. Já a Rosas brilhou pela parte lúdica e a Vai-Vai explorou bem os aspectos visuais, que ficaram bem claros em relação ao enredo.Na segunda noite, gostei bastante dos desfiles da Mocidade Alegre e da Gaviões da Fiel. A Mocidade trouxe uma grande inovação para o desfile, com a rainha de bateria tocando surdo em destaque. Já a performance da bateria da Gaviões foi muito boa e chamou atenção também pelas fantasias de seus componentes. Apesar de um problema ou outro com as alegorias, a Dragões da Real também fez uma belíssima estreia no Grupo Especial.

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