
21 de março de 2013 | 02h03
O projeto, do Ministério da Justiça, tem o objetivo de "municipalizar o combate à pirataria, por meio de incentivos às prefeituras, para criar mecanismos locais de prevenção e repressão à pirataria". O acordo foi firmado em dezembro de 2009.
Vismona afirma que desde que a nova gestão assumiu tem tentado marcar encontros para discutir o assunto, sem sucesso.
O diretor executivo da Associação Antipirataria de Cinema e Música, Antonio Borges Filho, se disse "preocupado" e afirma que a entidade não teve conhecimento de nenhuma apreensão de produtos piratas neste ano. "Eu quero acreditar, e prefiro acreditar, que a nova administração ainda está avaliando o melhor método para fazer o combate à pirataria", disse.
O prefeito Haddad já manifestou diversas vezes que tem outras prioridades e R$ 300 milhões estão sendo gastos só para combater o comércio irregular.
A pasta de Segurança Urbana, agora, tem focado mais sua atuação na guarda patrimonial de locais públicos e na tentativa de ajudar a reduzir os índices de criminalidade. O assunto foi um dos temas da campanha de Haddad, época em que a guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e policiais militares aterrorizou a periferia de São Paulo.
Prioridade. Na gestão de Kassab, o assunto era visto como prioridade - guardas-civis passaram a atuar em operações quase diárias, enquanto vigias terceirizados foram contratados para ficar nos parques da capital paulista. A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, até elogiou a repressão à pirataria em São Paulo no ano passado.
Nem por isso a pirataria foi completamente banida da cidade. De madrugada, por exemplo, o centro nunca deixou de funcionar uma espécie de "atacadão" da pirataria. Ali, dezenas de bancas vendiam CDs e DVDs piratas para os camelôs da cidade.
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