
29 de janeiro de 2012 | 03h03
Ontem, durante o enterro de Alessandra, que era webdesigner e tinha 29 anos, parentes lembraram os últimos momentos de alegria. "Alessandra e Victor planejaram esse ano inteiro. Era o ano do filho, de terminar o projeto da casa, da viagem aos EUA", contou o pai de Victor, Mauricio Chirico, ao fim do sepultamento, no cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte. Cerca de 60 pessoas compareceram.
Os dois se conheceram em 1998. "Eles viveram um grande amor", contou Mauricio. Gerente de informática, Victor trabalha em um prédio na região e esperava a mulher todo dia para voltar junto para casa.
Na quarta-feira, Alessandra havia chegado mais tarde ao trabalho, na empresa TO, e precisou fazer hora extra. Por isso, não ficou até as 19 horas, como era de costume. O prédio ruiria às 20h33. Pouco antes, ela se comunicou com Victor por MSN.
Tristeza. Durante o enterro de Margarida Vieira de Carvalho, de 65 anos, moradora do 20.º andar do Edifício Liberdade, amigos ainda atordoados cobraram explicações das autoridades. Também lembraram os planos de Margarida de voltar com o marido, Cornélio Ribeiro Lopes, de 73 anos, também morto no acidente, para o Ceará, em fevereiro. Ela foi sepultada no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi (zona norte).
"As obras são feitas sem controle. Quem são os órgãos de fiscalização? Não existem. Não pode fazer uma vistoria a cada 20 anos", disse Oscar de Oliveira Neto, ex-patrão de Margarida. / COLABOROU LUCIANA NUNES LEAL
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