09 de janeiro de 2011 | 00h00
Uma das figuras principais nesse processo foi o engenheiro José Orlando Ghedini, de 54 anos. Ele é morador do Jardim Aeroporto e pode ter a casa desapropriada pela Prefeitura para dar lugar aos canteiros de obras.
Para evitar perder o imóvel, Ghedini estudou toda a legislação que rege o licenciamento ambiental, leu a planta de três projetos diferentes de túneis para a área, conversou com vizinhos, participou de audiências públicas e reuniões com secretários municipais. No fim, conseguiu o adiamento da votação da obra no Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades), necessária para a emissão da licença ambiental.
"Sempre trabalhei com obras e, por isso, sei o que e onde procurar", explica.
Ghedini conta que o que o motivou a tentar barrar a obra foi a desvalorização dos imóveis da região e o alto custo da obra. "R$ 3 bilhões são cerca de 10% do orçamento municipal. É muito dinheiro público para ser gasto em um local só", diz.
Sua vizinhança também contou com a ajuda de moradores de outro bairro, a Vila Facchini, que também se mobilizaram contra o túnel.
Agora, para continuar com o projeto, a Prefeitura está preparando um novo projeto de lei para regularizar a obra.
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