
16 de setembro de 2010 | 00h00
Uma explosão o matou e deixou sequelas em um dos funcionários de sua empresa de manutenção de máquinas e motores. "Ele (Geraldo) ainda ficou quatro dias na UTI, mas não adiantou. Foi muito difícil para mim, eu ainda era nova e meu marido era a base da minha vida", conta.
Decisão. Desde então, Maria toca sozinha a empresa, sofre pela ausência de Geraldo e afirma passar por dificuldades financeiras. Atualmente, todos os serviços para os quais a empresa é contratada são feitos apenas por ela e pelos filhos de 20 e 13 anos. "Meus filhos só não passaram fome porque me humilhei muito para conseguir colocar comida na mesa", diz.
Na semana passada, uma decisão judicial lhe deu um alento: as construtoras do condomínio foram obrigadas a lhe pagar pensão alimentícia até os 72 anos, além de uma indenização pela perda do marido.
No entanto, a possibilidade de que as rés recorram da decisão ainda a deixa bastante apreensiva. "Nada vai reparar a morte do meu marido nem mesmo consertar todo o sofrimento que passamos. Só peço que não venham com recurso e empurrem esse decisão mais para frente, pois já estamos muito prejudicados do jeito que está", afirma.
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