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Empresas agora querem fim do rodízio dos VUCs

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Por Redação
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Entre o protesto dos caminhoneiros e a promessa de resistência por parte da Prefeitura, quem trabalha em atividades ligadas a logística e transporte correu para tentar se adaptar às novas restrições. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp), Francisco Pelúcio, disse que as transportadoras vão usar os Veículos Urbanos de Carga (VUCs) para driblar a lista de proibição."As empresas não fizeram um investimento muito grande, porque a maioria já usava o VUC, por causa das outras restrições que já existem aqui em São Paulo. Agora, uma coisa precisa ser revista: o rodízio do VUC", afirma. Segundo Pelúcio, uma carga que precisa ser entregue no centro expandido dentro dos horários de restrição será levada de qualquer maneira. "Se eu tenho um VUC que está no rodízio, o que eu vou fazer é trocar o VUC por outro, que não está no dia do rodízio, e levar a mercadoria. A carga vai chegar e um VUC vai entrar no centro, de qualquer forma. Então, por que tem de haver esse rodízio?", pergunta.Ele diz que pretende procurar a Prefeitura para negociar o fim da restrição.Adaptação. Quem não tem a opção de trocar de veículo para manter seus negócios em operação se adapta como dá. Uma concessionária de caminhões instalada próximo da Ponte da Freguesia, na zona norte, antecipou a abertura e atrasou o fechamento em duas horas, para se adaptar às novas regras. "E passamos a abrir aos sábados também", explica o diretor comercial da empresa, Fernando Ferreira."Já fizemos a mudança há três semanas, porque no nosso ramo os serviços têm de ser planejados com antecedência. Nesse tempo, nossos clientes já puderam se programar."Todos os dias, 35 caminhões entram ou saem da concessionária - a maioria para fazer serviços de revisão ou consertos após acidentes ou defeitos. "Aproximadamente 24% das nossas saídas já acontecem das 18h às 22h, nosso novo horário. E os sábados já têm, em média, 12 entradas de caminhões, ou quase a metade do que acontece com os dias comuns."A empresa afirma ter aumentado em 15% os custos de operação por causa dos novos horários. Mas espera aumentar em 10% o faturamento. "Tivemos de nos programar, também, porque uma premissa foi não aumentar o preço final dos serviços", diz o diretor. / B.R.

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