03 de agosto de 2013 | 02h09
A ideia, porém, deve encontrar a resistência de moradores da região, que criaram, há sete anos, o movimento Aliados do Parque Augusta. O objetivo do grupo é pressionar a Prefeitura a desapropriar o terreno e criar um parque público. Já o governo municipal ainda analisa a viabilidade do local.
Duas construtoras mostraram interesse em executar a obra. Antes de pedir a autorização para o empreendimento, as empresas precisam esperar que vença o prazo de um decreto de utilidade pública emitido pela Prefeitura em 2008 - o prefeito Gilberto Kassab (PSD) havia sinalizado com a possibilidade de comprar a área. O documento perde a validade no dia 18, caso a Prefeitura não faça a desapropriação.
Um possível entrave para a realização do empreendimento nos próximos meses é que, no ano passado, o Município publicou outro decreto de utilidade pública, complementar ao primeiro. Esse segundo documento tem validade até 10 de março de 2017. O empresário Armando Conde, proprietário do terreno desde 1996, acredita que a primeira data está valendo e pretende enviar a documentação para a Prefeitura já em agosto.
Torres. A ideia é levantar duas torres, de até 20 andares cada: uma de escritórios, com entrada pela Rua Augusta, e outra, residencial, fazendo frente para a Rua Caio Prado. "Tudo foi projetado para que os prédios não atrapalhem o bosque", afirma o empresário.
Conde pretende montar, em breve, um escritório com fotos do parque e perspectivas de como vai ficar para tentar convencer a vizinhança de que sua ideia é boa. Os argumentos não convencem o movimento Aliados pelo Parque Augusta. "O que a gente quer é um parque lá naquele terreno, pois ele já tem as configurações para isso", disse Sérgio Carrera, um dos integrantes do grupo.
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