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Em São Paulo, 30 mil garis estão em greve em 130 cidades

Trabalhadores pedem reajuste de 11,73%, mas empresas querem dar aumento de 7,68%; audiência no TRT terminou sem acordo

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Cerca de 30 mil trabalhadores de coleta urbana de lixo estão em greve em 130 cidades de todo o Estado desde segunda-feira, 23. Algumas das cidades afetadas são Guarulhos, Osasco e municípios do ABC, na Grande São Paulo. Em São Caetano do Sul, por exemplo, a Prefeitura promoveu ligações telefônicas para alertar a população da paralisação.

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Os garis lutam por reajuste salarial de 11,73%, ao passo que a entidade patronal que representa as empresas de coleta, o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo (Selur), quer dar um amento de apenas 7,68%. 

A Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco), informou nesta quarta-feira, 25, que uma audiência de conciliação entre as partes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nesta terça-feira, 24, terminou sem avanços. "Sem acordo, os trabalhadores seguem para o terceiro dia de greve", informa nota da entidade.

"Estamos buscando a dignidade dos trabalhadores. Apesar dos nossos esforços, os patronais mostraram-se intransigentes e insensíveis", afirmou Roberto Santiago, presidente da Femaco, por meio da nota.

Ainda de acordo com o sindicato, os grevistas têm respeitado a decisão da Justiça para que as operações de coleta fossem realizadas em ao menos 70%.

Como São Paulo e Campinas, duas das maiores cidades do Estado, têm data base de negociação salarial em setembro, seus profissionais não estão paralisados.

Telefonemas. No domingo, 22, e na segunda-feira, 23, a Prefeitura de São Caetano do Sul, no ABC, fez telefonemas para alertar os moradores do município, que tem 156 mil habitantes, sobre as consequências da greve. A mensagem gravada pedia que os sacos de lixo não fossem depositados na rua enquanto a paralisação não acabar.

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