Em São José, 4 casas desabam. E 5 mulheres morrem

Vítimas foram duas mulheres e suas filhas, moradoras do bairro do Rio Comprido; duas meninas ficaram feridas

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Por Redação
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Eram 13h25 de ontem quando os bombeiros retiraram os corpos de uma mulher e duas crianças, vítimas do soterramento ocorrido na noite de segunda-feira no bairro do Rio Comprido, na divisa de São José dos Campos com Jacareí. Outros dois mortos haviam sido encontrados pela manhã, totalizando cinco vítimas. De acordo com os bombeiros, as vítimas foram Adriana Pereira da Silva, de 29 anos, e as filhas Gabrielle Victore Pereira da Silva, de 4, e Camila Fernanda Pereira da Silva, de 11, além de Margarida Maria da Silva, de 54, e a filha Simone Oliveira, de 26.Às 15h, a dona de casa Ana dos Passos, de 62 anos, moradora de São Caetano do Sul, aguardava de olhos fixos na Via Dutra a chegada de parentes. Ela era tia da também dona de casa Adriana Pereira da Silva. "A ficha ainda não caiu", disse Ana.Duas adolescentes sobreviveram à tragédia e foram retiradas dos escombros ainda anteontem à noite pelos bombeiros. Diana Lúcia Cunha, de 16 anos, fraturou a tíbia e teve lesão na face. Taís Cristina Pereira da Silva, de 13, teve fratura na bacia. Elas foram socorridas no Hospital Municipal de São José dos Campos.O soterramento ocorreu por volta das 23h30 de segunda-feira, quando duas casas na Avenida 6 deslizaram e atingiram outras duas, na Avenida 1. O segurança Sergio de Pádua chegava do trabalho quando viu a tragédia. "Uma das meninas foi salva aqui embaixo, na rua", disse. O local é considerado de risco pela Defesa Civil de São José dos Campos e as construções eram irregulares, segundo a Secretaria Municipal da Defesa do Cidadão.A operação de resgate contou com a participação de 15 homens do Corpo de Bombeiros, além da Defesa Civil e voluntários. Um helicóptero da Polícia Militar auxiliou as buscas, mapeando o local e enviando informações à equipe que trabalhava em terra. Ajuda. O prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB), esteve no local e a prefeitura montou operação de emergência, coordenada pela Defesa Civil Municipal, para apoiar as famílias das vítimas. Cerca de 40 famílias ficaram desabrigadas e foram levadas para o Núcleo de Educação Infantil, onde são atendidas por equipes da Secretaria de Saúde e assistentes sociais. Essas famílias receberam alimentos, colchões e cobertores, além de atendimento médico e psicológico.A Polícia Militar e a Guarda Municipal vão proteger as casas desocupadas. / JOÃO CARLOS DE FARIA, ESPECIAL PARA O ESTADO, e JOSÉ MARIA TOMAZELA

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