PUBLICIDADE

Em risco de epidemia, interior de SP tem duas mortes por dengue hemorrágica

Casos fatais foram registrados em Pederneiras e São Simão; outros municípios registram epidemia, como Votuporanga

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Duas pessoas morreram este mês no interior de São Paulo com sintomas de dengue hemorrágica. No caso mais recente, uma assistente social de Pederneiras, região central do Estado, morreu no sábado, 25, na Santa Casa local. O atestado de óbito informou a morte por “dengue tipo C”, a forma hemorrágica da doença, mas ainda é necessária a confirmação da causa pelo Instituto Adolfo Lutz.

As epidemias de dengue têm múltiplos fatores Foto: Fabio Motta/Estadão

PUBLICIDADE

A outra vítima, uma menina de 8 anos, morreu no último dia 15 na unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. A vítima morava em São Simão, cidade da região, e chegou a ser atendida em uma unidade de saúde local, mas foi transferida para uma unidade de atendimento de Ribeirão Preto, antes de ser hospitalizada. A forma hemorrágica da dengue foi confirmada como causa da morte.

Em Votuporanga, região norte do Estado, só este mês foram confirmados 817 casos de dengue. Há ainda 1.082 casos em investigação. Em dezembro, a cidade tinha contabilizado 530 pessoas doentes. A prefeitura considera a situação de epidemia e montou um ambulatório de atendimento exclusivo para dengue, com sala de monitoramento para os casos mais graves. Em Mococa, foram confirmados mais de 100 casos de dengue este mês. Uma unidade sentinela foi montada na Vila Lambari.

Outras cidades, como Catanduva e Araçatuba, estão com alto índice de infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti. Nas duas cidades, mais de 7 em cada 100 casas vistoriadas tinham criadouros com larvas.

No ano passado, São Paulo registrou 444.593 casos de dengue, com 265 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Conforme a pasta estadual, a dengue é uma doença sazonal, com oscilação de casos e aumento a cada três ou quatro anos. Devido à maior circulação do sorotipo 2 da dengue, desde o ano passado, os pacientes que tiveram outro tipo de dengue tendem a apresentar quadros clínicos mais graves quando infectados pelo tipo 2. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.