
14 de abril de 2010 | 00h00
O acordo permitiria ao município converter em parque público boa parte da antiga base militar. A cidade planeja também acrescentar à ilha - localizada a 800 metros do extremo sul de Manhattan - uma escola do ensino médio, alguns empreendimentos comerciais e possivelmente um câmpus satélite da Universidade de Nova York. Ao longo dos anos, as tentativas governamentais de reurbanizar a ilha, há muito vista como um diamante bruto e subutilizado no porto de Nova York, foram frustradas por batalhas jurisdicionais, pela falta de dinheiro e por limitações urbanísticas únicas.
A aquisição de Governors Island seria uma imensa contribuição ao legado físico do governo do prefeito Michael R. Bloomberg, que tratou como prioridade a criação de parques públicos. O acordo também sublinha como a cidade, cujos problemas orçamentários são menos drásticos do que os do Estado, conseguiu conquistar o controle de cobiçadas propriedades do portfólio estadual.
De acordo com funcionários da prefeitura, outros acordos atualmente debatidos pelo governo Bloomberg incluem recorrer ao direito da cidade de comprar Battery Park City do Estado e negociar a transferência para si do controle da Universidade Municipal de Nova York.
Marco. Raymond Horton, professor da Faculdade de Administração de Columbia, que chefiou uma comissão encarregada de estudar as finanças de Nova York durante a crise fiscal dos anos 1970, disse que ao assumir o controle de propriedades como Governors Island, Bloomberg atingiu um marco cobiçado por muitos de seus predecessores. "Neste caso, o fator diferencial é a crise fiscal do Estado", disse Horton. "No momento, a cidade é melhor administrada."
/ TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
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