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Em meia hora, seis são assassinados em Parelheiros, na zona sul

Mortes aconteceram em 3 ataques diferentes, horas após PM ser morto; segundo polícia, não há indício de relação entre ocorrências

Por Felipe Resk
Atualização:

Atualizada às 22h32

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SÃO PAULO - Em meia hora, seis pessoas morreram e uma ficou ferida em três ataques na região de Parelheiros, zona sul da capital paulista. Os assassinatos aconteceram em locais próximos, em um raio de cerca de 5 quilômetros, na noite de quarta-feira, horas depois de um policial militar ter sido morto a tiros na mesma região.

Por volta das 21 horas, assassinos atiraram contra duas pessoas na Rua Alice Bastide. Wlisses Dias Júnior, de 35 anos, e outro rapaz, que não havia sido identificado até a noite desta quinta-feira, 16, foram encontrados por policiais caídos na calçada. Aos agentes, um familiar afirmou que Dias Júnior morava sozinho e afirmou não saber se ele sofreu ameaças antes de ser executado.

Três minutos depois do primeiro crime, houve novo ataque na Rua Sônia, que faz esquina com o local da primeira ocorrência. Pai e filho foram atingidos na cabeça por disparos de armas de fogo. Segundo familiares, o vendedor ambulante Renato Dias da Silva, de 40 anos, e o filho, Wendel Costa Dias, de 19, foram mortos quando iam para uma pizzaria. Wendel havia chegado de Campinas, onde morava, para visitar o pai. 

Testemunhas afirmam terem visto pelo menos quatro pessoas dentro de um carro prata – que seriam os executores dos ataques. Os suspeitos usavam toucas ninja para esconder o rosto e teriam passado atirando contra as vítimas, sem nada dizer. Ninguém soube informar o modelo do veículo.

Nesses locais, foram encontradas cápsulas de calibre 12, 9 mm, 380 e .40. 

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Outras três pessoas ainda seriam baleadas, por volta das 21h30, na Rua Fonte Nova, a cerca de cinco quilômetros do último crime. Cleiton Moura da Silva, de 21 anos, morreu no local. Rodrigo da Silva Costa, de 26 anos, foi levado para o Hospital de Parelheiros, também na zona sul, onde morreu.

Um terceiro rapaz foi socorrido no Hospital do Grajaú, em estado grave, e precisou passar por cirurgia. Ele não foi identificado. Segundo a Polícia Civil, a mulher de Cleiton Moura da Silva informou que o marido havia se reunido com os amigos para fumar maconha.

Investigação. Horas antes dos ataques, o cabo da Polícia Militar Leonílson Figueiredo Dias foi executado com vários disparos na Estrada 15, região de Parelheiros. O policial foi morto pouco depois de sair de casa.

Alguns moradores da região dizem que houve toque de recolher. Por sua vez, a Polícia Civil afirma que não há indícios suficientes para relacionar os ataques à morte do policial.

Os três casos foram registrados de forma separada pelo delegado do 101.º Distrito Policial (Jardim das Imbuias) e as investigações devem ocorrer em inquéritos diferentes. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) considera a natureza dos crimes como de “homicídio simples”.

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