
20 de outubro de 2008 | 17h59
Dois seqüestros aconteceram simultaneamente em casas vizinhas na noite de domingo, 19, em Praia Grande, na Baixada Santista, depois de suspeitos de assassinarem o cabo da Polícia Militar Anderson de Lira, de 35 anos, fugirem do local do crime. No entanto, um dos cárceres foi descoberto apenas no dia seguinte. Nenhum refém ficou ferido. A seqüência de crimes começou às 18 horas, quando sete homens invadiram a casa do policial armados com fuzis e pistolas. Lira estava com a esposa e os três filhos, que não foram feridos. De acordo com o comandante da PM na Baixada Santista e Vale do Ribeira, coronel Jorge Luiz Alves, a PM realizava a perseguição dos bandidos quando viu um deles, Ernesto Rossi Neto, invadindo uma residência na Vila Sonia. Neto manteve a dona da casa, seu tio e seus dois filhos reféns por quatro horas e meia. A polícia negociou com o criminoso que primeiro liberou as crianças, horas depois os adultos e em seguida se entregou. O que ninguém imaginava é que dois comparsas de Neto no assassinato do cabo escondiam-se na casa ao lado. O Comandante informou que a polícia só soube do segundo seqüestro ao ser procurada pela vítima às 8 horas desta segunda-feira, 20. Uma mulher e seu filho de dois anos permaneceram com os seqüestradores das 19 às 2 horas da madrugada, quando os bandidos foram embora ao constatar que o cerco policial montado em frente à casa vizinha havia se encerrado. Um fuzil AR-15, com 15 munições e dois coletes a prova de bala, um da Polícia Militar e outro da Polícia Civil, foram deixados no imóvel. O Comandante Alves lamentou a morte do policial e disse que provavelmente o crime foi em decorrência do bom trabalho que a PM vem realizando na região. "Nessa área de Praia Grande tivemos a morte de um líder do PCC pela PM recentemente, a prisão de outro líder e a apreensão de forte armamento", disse o coronel. Dois veículos - um Gol e um EcoSport - que os criminosos utilizaram na fuga foram abandonados. No interior dos carros havia cápsulas de munição para fuzil deflagradas. (Com Ricardo Valota, do estadao.com.br)
Encontrou algum erro? Entre em contato