
26 de fevereiro de 2011 | 00h00
Ontem, colegas da Fundação Getulio Vargas (FGV) vestiram roupas brancas e pretas em homenagem a Júlio César Grimm Bakri. Os estudantes interromperam as aulas entre as 11h e meio-dia. "Ficamos um período em silêncio. As pessoas estão assustadas com tudo o que aconteceu", disse um estudante. Segundo ele, pelo menos 90% dos alunos foram para a faculdade com alguma peça de cor preta ou branca. Quem improvisou a homenagem acabou aderindo a lenços amarrados no pulso ou no braço.
Uma das funcionárias da FGV afirmou que nos corredores as conversas giravam apenas em torno do assassinato a tiros ocorrido no bar. Uma jovem que chegou toda de branco para assistir às aulas disse que conhecia Bakri de vista e não integrava o círculo de amigos do jovem, mas que fazia questão de mostrar sua "indignação" diante do crime.
Mesmo quem é de fora do circuito de alunos ficou assustado com o crime. "Estamos sempre por aqui e nunca ouvimos falar de confusão nesse bar", afirmou um morador da Avenida 9 de Julho, que também frequenta o estabelecimento onde dois homens entraram armados. "Eu acho que o bar mesmo não tem nada a ver com esse caso. Está sempre cheio de jovens e as pessoas se conhecem, mas hoje (ontem) estava vazio."
Ontem, apenas uma das cinco mesas espalhadas na calçada estava ocupada.
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