
16 de junho de 2011 | 00h00
Apenas nos primeiros três meses do ano, foram roubados cerca de R$ 5,2 milhões em medicamentos nas estradas paulistas, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).
O prejuízo da indústria farmacêutica fica atrás somente da de eletroeletrônicos, produtos alimentícios, cargas fracionadas (de diferentes tipos e compostos) e materiais metalúrgicos, representando 7,6% do valor total levado pelos bandidos durante o período.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, afirma que o roubo de cargas medicamentosas é um problema tão grave que até mesmo o seguro do produto se torna inviável.
"Hoje não há seguro de medicamentos. É preciso tomar tantas medidas, segundo as seguradoras, que sai mais caro do que a própria carga a ser transportada", afirma.
Para Mussolini, o roubo não onera apenas pela perda dos produtos levados pelos criminosos. "Precisamos fracionar bastante as cargas, para não ter um grande volume somente em um veículo, o que poderia facilitar a ação dos bandidos. Isso também torna o transporte bem mais caro."
O vice-presidente do Sindusfarma diz também que o aspecto sanitário preocupa a indústria. "O produto farmacêutico é feito para durar determinado período, dentro de condições adequadas. Quando ocorre o roubo da carga, não sabemos como ela será armazenada pelos bandidos e o medicamento poderá até mesmo perder o efeito."
Orientação. A recomendação da entidade que representa a indústria farmacêutica em São Paulo é para que o consumidor adquira remédios apenas em farmácias.
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