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Em 2º dia de protestos, Marginal é bloqueada, Paulista tem faixas interditadas e estação do Metrô fecha as portas

Manifestantes prometem novo ato contra aumento da tarifa de ônibus na próxima terça-feira, 11, às 17h, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista

Por Bruno Ribeiro , Clarice Cudischevitch , Diego Zanchetta , Mateus Coutinho e Caio do Valle
Atualização:

Cinco mil manifestantes. Estouros de bombas de gás lacrimogêneo. A Marginal do Pinheiros bloqueada. Uma estação do Metrô fechada. Eis o saldo do segundo dia de intensos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade de São Paulo, nesta sexta-feira, 7.A manifestação, organizada por grupos como o Movimento Passe Livre, começou à tarde no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, mas só começou a se movimentar por volta das 18h20. Foi o momento em que os manifestantes passaram a percorrer a Avenida Faria Lima, bloqueando totalmente o sentido Itaim-Bibi.Em seguida, o grupo, sempre acompanhado da Polícia Militar, dobrou na Avenida Eusébio Matoso, rumo à Marginal do Pinheiros. Ao passar pelo Shopping Eldorado, algumas pessoas picharam a passarela que dá acesso ao centro comercial, assim como orelhões e paredes.Às 19h20, a Tropa de Choque da PM começou a usar bombas de efeito moral para conter a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, que, naquela altura, já interditava as duas pistas da Marginal do Pinheiros no sentido Castelo Branco.

 

Durante o fechamento da Estação Faria Lima, no entanto, um grupo grande de manifestantes optou por seguir para a Paulista, onde bloqueou as faixas no sentido Paraíso por volta das 22 horas. O grupo foi acompanhado pela PM e fez um pequeno percurso pela avenida, da Consolação até a Augusta, se dispersando cerca de 30 minutos depois. AlckminMais cedo na sexta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a manifestação ocorrida na noite anterior contra o aumento das tarifas de transporte coletivo --que culminou em algumas depredações na avenida Paulista e estações do Metrô-- foi "absurda"."É preciso deixar claro que não é aceitável o que foi feito, é um absurdo sob todos os pontos de vista. Uma atitude totalmente absurda e a polícia tem que agir, a polícia não pode se omitir", afirmou o tucano após um evento no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.Questionado sobre suposta ação truculenta da Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os manifestantes, Alckmin disse que haverá apuração. "A polícia sempre apura. Toda a ação da polícia é filmada. A própria polícia tem um sistema de acompanhamento. Ela tem expertise."

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