02 de setembro de 2012 | 03h02
No dia 2 de setembro daquele ano, o Estado escreveu: "Como único meio de eliminar o congestionamento do Triângulo (no centro da cidade), recomendamos que se dê início a um sistema subterrâneo e de linha em planos diferentes para ser propriedade da cidade e pago por um pequeno incremento nas passagens, devendo a própria seção ser uma estação subterrânea no Largo da Sé e uma linha em direção leste".
Após quatro décadas, a sugestão do Estado começou a ganhar forma. Em 24 de abril de 1968, foi formada oficialmente a Companhia do Metropolitano de São Paulo.
"Inicia-se hoje uma empresa destinada a ombrear-se, dentro de pouco tempo, com as maiores da América Latina", disse o prefeito Faria Lima, anunciando a empreitada.
Em dezembro, começaram as obras. No dia 15, o trânsito foi interrompido para ser fincada a primeira estaca para a construção do metrô, entre a Rua Domingos de Morais e a Avenida Jabaquara.
Em 6 de setembro de 1972, foi dada a largada ao mais eficiente sistema de transporte público da cidade. Do alto do palco montado no pátio do Jabaquara para a cerimônia dos testes, o presidente Emílio Garrastazu Médici apertou um botão que, simbolicamente, inaugurava o primeiro metrô do Brasil.
Aplausos. O percurso experimental, com cerca de 400 metros, foi percorrido a uma velocidade de 20 km/h. Apenas as autoridades embarcaram na primeira viagem.
Do lado de fora, cerca de 2 mil pessoas aplaudiam. Enquanto o trem se aproximava, o então prefeito Figueiredo Ferraz era abraçado pelo governador Laudo Natel.
"O metrô de São Paulo está andando", noticiou o Estado na edição do dia seguinte. E o texto continuava: "No olhar de todos, a curiosidade dos túneis quase raspando no vagão."
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