
19 de outubro de 2008 | 14h20
Pouco depois das 12 horas, chegaram ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André os médicos da Organização à Procura de Órgãos (OPO), ligada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Eles serão responsáveis pelos exames necessários e pela remoção dos órgãos de Eloá, a adolescente de 15 anos que faleceu ontem. Eloá foi baleada na cabeça após ser mantida refém pelo ex-namorado, Lindembergue Alves, 22 anos, durante quatro dias em Santo André. Leia também:Lindembergue é autuado por 5 crimes e será ouvidoNayara não falará com a polícia no hospital, diz secretárioSegundo perito, primeiro tiro teria sido dado por Alves na cabeça de EloáÀ frente da negociação, uma rotina insoneConfira cronologia do seqüestro Seqüestro em Santo André é o mais longo registrado em SPGaleria de fotos do seqüestro A morte cerebral de Eloá foi confirmada no sábado às 23h30. Segundo a diretora do Centro Hospitalar, Rosa Maria Aguiar, todos os órgãos da menina, a princípio, estão intactos e poderão ser doados, mas são os especialistas da OPO que farão essa avaliação. Rosa Maria informou que o Centro Hospitalar deve encaminhar algum representante à casa de Eloá, no Jardim Santo André, para que a família autorize, por escrito, a doação dos órgãos. A autorização ocorreu por telefone por familiares da menina. Isso seria necessário, segundo a diretora, porque a família de Eloá quer evitar a imprensa. Nenhum representante da família de Eloá encontra-se no hospital. Depois da remoção dos órgãos, o corpo de Eloá seguirá para o Instituto Médico Legal (IML). Serão realizados, então, os exames sobre o crime. Será verificada a informação de que o tiro que a matou teria sido disparado pelo ex-namorado da garota. Remoção de órgãos será feita após exames Os resultados dos exames dos órgãos da garota Eloá Pimentel só serão conhecidos hoje depois das 23 horas. A informação é do Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata. Segundo ele, os exames dos órgãos e os compatibilidade demoram entre seis e 12 horas e "devem ser conhecidos entre 23 horas e a meia-noite". Durante entrevista coletiva, o secretário esclareceu que Eloá ainda não passa pela cirurgia de retirada de órgãos, o que só irá acontecer depois dos exames concluídos. Segundo Barradas, a cirurgia de retirada deve demorar cerca de duas horas e os órgão que salvarão vidas serão, imediatamente, encaminhados para os doadores. A entrevista coletiva foi concedida à imprensa no Centro Hospitalar Municipal de Santo André, onde os médicos da Organização à Procura de Órgãos (OPO), ligada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, realizam os trabalhos.
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