PUBLICIDADE

Economia estável atrai argentino

Família brasileira também pesou na decisão

Por Tiago Décimo e SALVADOR
Atualização:

Casado, com dois filhos pequenos, o psiquiatra argentino Pablo Federico Valiente, de 44 anos, tinha uma vida confortável em Pinamar, balneário a 400 km de Buenos Aires - comparado, entre os argentinos, a Búzios. Tinha consultório, no qual atendia, em média, 90 pacientes por semana, morava em uma casa de 200 m2, perto da praia, com dois bons carros na garagem.Valiente, porém, trocou toda a tranquilidade conquistada após 20 anos de atividade médica pelo programa Mais Médicos. A partir de amanhã, vai passar a atender pacientes carentes na periferia de Valença, cidade do litoral sul da Bahia, a 255 km de Salvador, que nos últimos anos vem se notabilizando mais pelo avanço dos índices de violência do que pelos atributos turísticos.O médico admite que a mudança de vida pode ser vista como incomum, mas diz estar feliz. "Minha família é brasileira e queria voltar. E sempre tive vontade de participar de um programa de saúde da família, para não só tratar, mas prevenir doenças."Segundo Valiente, a nova etapa deu novo ânimo à sua carreira. "É uma boa oportunidade. O salário é suficiente para viver, a economia está estável no Brasil e o País, mais sólido. Eu costumava passar os invernos no Rio, desde que era adolescente, e hoje está tudo mudado, para melhor."O médico conta ter escolhido a Bahia por ser um Estado que "está se desenvolvendo, apesar das carências, e tem escolas para os filhos e mar".Seu próximo desafio é encontrar um trabalho para a mulher, mineira de Caratinga, que na Argentina comandava um programa de rádio em Pinamar. "Ela quer continuar a carreira aqui."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.