É só escolher o livro e levar

Projeto espalha, de graça, 2 mil exemplares em estações do Metrô e pelos corredores da Bienal

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Por Ana Bizzotto
Atualização:

Livros espalhados por corredores, bancos e mesas na Bienal Internacional do Livro instigaram ontem a curiosidade dos visitantes. O que à primeira vista poderia parecer uma instalação de arte contemporânea é na verdade uma distribuição gratuita de obras organizada pelo movimento BookCrossing Brasil, em parceria com o centro de cultura virtual Kliceo. Ao todo, 500 livros serão espalhados no evento e outros 1,5 mil serão deixados hoje em estações do Metrô. A ideia é que a pessoa leve um para casa, leia e depois o "liberte" em algum local público.Adriana Silva, de 33 anos, levou dois exemplares para ler para o filho Bruno Leonardo, de 4 anos. "Passei para dar uma olhada e achei interessante, é um incentivo à leitura. E eu já faço isso em casa, doo os livros depois de lê-los, e ensino meus filhos a fazer o mesmo desde pequenos."Já a estudante Estela da Silva, de 19 anos, se surpreendeu ao saber que poderia levar um exemplar. "Achei diferente, muito inusitado."Para a coordenadora de projetos do BookCrossing, Helena Castello Branco, as pessoas estranham a proposta de levar o livro de graça porque geralmente pagam por tudo. "O bookcrossing estimula uma troca que não precisa de dinheiro", diz Helena. Na Bienal, os livros podem ser encontrados também no estande do Plano Nacional de Incentivo à Leitura. No Metrô, eles estarão hoje nas Estações Vila Madalena, Clínicas, Consolação, Trianon-Masp, Brigadeiro, Alto do Ipiranga, Ana Rosa, Paraíso, Sé, Barra Funda e Tietê, das 8h às 14h. Helena recomenda que os leitores cadastrem onde e quando acharam o livro no site www.bookcrossing.com.br antes de "libertá-lo", para que sua trajetória possa ser conhecida por todos.

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