Em pautaSimDesde 1968, a Convenção de Viena sobre Trânsito impõe aos países signatários (o Brasil é um deles) a preferência de passagem dos pedestres nas travessias a eles destinadas. Essa prioridade foi adotada em lei, mas não foi cumprida em todo o País. Em Brasília, respeita-se a preferência. Há 13 anos, esse respeito não depende da boa educação. Todos param. Esse resultado só foi possível com a mobilização da sociedade. É preciso programas bem elaborados. Os motoristas, uma vez conscientizados, percebem que estão participando de outro patamar de educação, civilidade e respeito.CORONEL RENATO AZEVEDO, EX-COMANDANTE GERAL DA PM DO DISTRITO FEDERAL, RESPONSÁVEL POR IMPLANTAR A MEDIDA EM BRASÍLIANão Brasília adotou o gesto para pedir ao motorista que o deixe cruzar a via. Não sou contra, tampouco a favor. Já levantei o braço quando acompanhava minha mãe idosa. Mas se trata de escolha pessoal, que não pode ser generalizada - em rodovias, o gesto poderá ser interpretado como assalto. Somente policiais deveriam usar movimentos de braços para orientar o trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro não é perfeito, mas está acima dos comportamentos vistos no trânsito por falta de fiscalização e educação. Temos problemas mais urgentes. O pedestre, que já era cidadão de segunda classe, está se tornando extraterrestre que não mais encontra espaço para andar com segurança.EDUARDO JOSÉ DAROS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PEDESTRES (ABRASPE)