
05 de abril de 2011 | 00h00
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Dileone faria 28 anos no dia 27 e havia roubado uma van com remédios naquela tarde, com mais dois homens, que fugiram. A informação no boletim de ocorrência registrado no mesmo dia é confirmada por amigos e família. Na fuga, ele bateu no portão de um condomínio a quatro quarteirões de onde morava, no Itaim Paulista, zona leste.
Na mesma tarde, a família o procurou em hospitais. "Infelizmente, achamos no pronto-socorro (Pronto Atendimento Municipal Atualpa Girão Rabelo) e já estava morto. Estava com um tiro no peito e jogado no necrotério", conta o irmão da vítima, Douglas Lacerda de Aquino, de 23 anos. Segundo Douglas, Dileone estava com o rosto arranhado e com a cabeça inchada, marcas de uma suposta agressão.
Douglas conta que o irmão tinha envolvimento com assaltos, mas "nunca mexia com ninguém", era conhecido na vizinhança e tinha muito amigos. Dileone havia sido solto há sete meses, depois de três anos de prisão. Tinha condenação por roubo, receptação, formação de quadrilha, desacato e resistência.
O pai, o garçom Dorian Ferreira de Aquino, diz estar com medo de perseguição contra a família. Com olheiras e contido nas palavras, conta que está muito abalado com a perda de um dos sete filhos. "É obrigação da polícia prender, não matar. Mesmo que ele estivesse fazendo algo errado, não podiam ter feito isso."
O Estado não conseguiu localizar os advogados dos PMs.
REAÇÕES NO TWITTER
"Isso é ser cidadão."
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"Mais coragem que muito homem. Eu mesma provavelmente teria EVAPORADO de medo."
http://twitter.com/honkshu/status/55002767667888128
"Triste viver num país onde é preciso prender a polícia."
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