06 de dezembro de 2012 | 23h51
Novo pedido foi apresentado dia 28, mas a análise deve demorar. As obras devem durar três anos, mas só podem ser iniciadas após a concessão da licença. Apenas no trecho da serra, de janeiro de 2009 a setembro deste ano, foram registrados 1.862 acidentes, média de 42 por mês. O traçado íngreme de pista simples responde pelo alto índice de mortalidade na estrada. Pelo menos 120 pessoas morrem por ano entre São Paulo e Curitiba e, segundo levantamento feito pela reportagem, os casos mais graves ocorreram na serra.
De acordo com a concessionária, com uma duplicação de 11 km já concluída, o número de acidentes na estrada caiu 3,6% do ano passado para cá e as mortes, 7,76% - foram 103 entre janeiro e setembro de 2011, e 95 no mesmo período deste ano.
Foram liberados ao tráfego quatro quilômetros, entre o km 363 e o km 367, em Miracatu, e sete quilômetros, entre o km 337 e o km 344, em Juquitiba. Falta duplicar o trecho que vai do km 344 ao km 363, obra que vai exigir a construção de 4 túneis, 36 pontes e viadutos, muros e cortinas de contenção, além de terraplenagem e pavimentação.
"Em condições normais de execução, a duplicação deverá durar três anos, depois de concedida pelo Ibama a licença ambiental necessária", informou em nota a Autopista Régis Bittencourt, do grupo OHL. "A empresa defende a realização das obras de duplicação da Serra do Cafezal como fundamentais e urgentes para a segurança."
Vendida. A venda da concessionária da Régis Bittencourt para a espanhola Abertis e a canadense Brookfield vêm preocupando políticos da região, que já pedem esclarecimentos sobre o cronograma de obras referentes à concessão da rodovia, no trecho São Paulo-Curitiba, para Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Conforme a OHL, a Abertis e a Brookield assumiram todos os contratos da empresa com o governo.
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