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Dupla morre após invadir casa e trocar tiros com a PM na região do Rio Pequeno

No momento em que separavam joias, dinheiro e outros objetos na residência, assaltantes foram surpreendidos com a chegada da PM, acionada por um dos vizinhos

Por Ricardo Valota
Atualização:

SÃO PAULO - Dois bandidos morreram e um conseguiu fugir, por volta das 20h30 desta segunda-feira, 30, durante uma troca de tiros com policiais militares do 16º Batalhão após invadirem uma das casas da rua Coronel Salvador de Moya, no Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo.

 

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Armados com dois revólveres, calibres 38 e 32, os criminosos renderam uma enfermeira, de prenome Luciana, que chegava em casa e guardava o veículo na garagem. No momento em que separavam joias, dinheiro e outros objetos no interior da residência, os assaltantes foram surpreendidos com a chegada da Polícia Militar, acionada por um dos vizinhos.

 

Um dos criminosos conseguiu fugir pelos fundos. Os outros dois, armados, foram cercados pelos policiais durante a fuga e resolveram atirar. No revide, acabaram baleados e, mesmo encaminhados para os prontos-socorros Bandeirantes e Universitário, morreram. Ambos estavam sem documentos. O caso foi registrado no 51º Distrito Policial, do Butantã, e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por se tratar de suposta resistência seguida de morte.

 

Violência - A região do Rio Pequeno, localizada entre o Jaguaré e a rodovia Raposo Tavares, é formada por muitos e minúsculos bairros, entre eles a Vila Iolanda e o Jardim Esmeralda, e quase sempre aparece no noticiário policial como palco de assaltos a residência, alguns deles com final trágico, em que a vítima é baleada e morta.

 

Outros casos - Na noite da última quinta-feira, 26, Osmar José Pereira, de 58 anos, estacionava seu veículo na garagem de casa, na rua Lucília Perez, na Vila Iolanda, mesmo bairro onde mora a enfermeira, quando foi abordado por dois homens. Não se sabe por que, mas a dupla, que teria anunciado o assalto, atirou e fugiu sem levar nada. Levado ao pronto-socorro Sara Kubitschek, Osmar não resistiu e morreu. A polícia acredita que são os mesmos bandidos ou criminosos de uma mesma quadrilha.

 

Na noite do dia 5 de janeiro de 2010, o gráfico Anderson Fernando da Silva, de 23 anos, tentou defender a irmã, Elaine Cristina da Silva, 28 anos, surpreendida no portão de casa, na rua Doutor João Vieira Neves, no Jardim Esmeralda, quando chegava da academia. Elaine se assustou e gritou. Anderson, que estava ao computador, ao ouvir o grito da irmã, foi até o portão. A dupla, que fugiu levando a bolsa de Elaine, atirou duas vezes, atingido um dos seios da jovem e o peito do rapaz. O casal de irmãos foi encaminhado para o Hospital Universitário, onde Anderson já chegou morto. Elaine sobreviveu e, dias depois, por meio de foto, reconheceu o criminoso, Alessandro Costa dos Santos, de 18 anos, foi preso posteriormente pela polícia.

 

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Localizada a 300 metros da Favela do Sapé, a rua Doutor João Vieira Neves foi palco de outro latrocínio. No final da noite de 12 de dezembro de 2008, a médica ginecologista, Nadir Oyakawa, de 53 anos, foi baleada e morta por assaltantes. Ela era uma das principais autoridades no Brasil no tratamento do HPV e chefiava o setor de laser do Hospital Pérola Byington. Nadir morreu ao tentar escapar de três assaltantes que a abordaram na porta da casa do irmão dela. Ocupando um Zafira prata, a médica tinha acabado de deixar em frente ao portão um casal de sobrinhos. Neste momento, os criminosos apareceram e anunciaram o assalto.

 

Temendo pela integridade física dos sobrinhos, ela buzinou e pediu para que eles entrassem rapidamente. Um dos criminosos, assustados com a reação da vítima, atirou, e atingindo Nadir na região dos rins.

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