07 de agosto de 2013 | 15h05
Atualizado às 18h51
SÃO PAULO - A Justiça Federal começou a ouvir, às 14h30 desta quarta-feira, 7, testemunhas de acusação do processo que apura a responsabilidade do acidente aéreo do voo JJ 3054, da TAM. Em 17 de julho de 2007, o avião, que vinha de Porto Alegre, não conseguiu pousar no Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital, e se chocou contra um prédio da própria companhia, causando a morte de 199 pessoas.
Galeria de fotos: relembre o acidente
A audiência terminou por volta das 17h, depois que duas testemunhas prestaram depoimento. Duas pessoas serão ouvidas nesta quinta-feira, 8, segundo a Justiça Federal.
O procurador federal Rodrigo De Grandis, responsável pela acusação, afirmou que está confiante na condenação dos réus. "Temos laudos e testemunhos que provam que os três réus agiram com culpa, com negligência, ao liberar a pista de Congonhas antes do tempo, sem que medidas de segurança tivessem sido atendidas." Segundo De Grandis, laudos mostram que a pista de Congonhas era escorregadia em dias de chuva.
Três pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsáveis pelo acidente: a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro.
Os réus respondem pelo crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo. Três testemunhas arroladas pelo MPF estavam previstas para prestar depoimento nesta quarta-feira - eram cinco, mas uma não foi localizada e outra está com problemas de saúde. As testemunhas de defesa devem ser ouvidas nos dias 11 e 12 de novembro e 3, 9 e 10 de dezembro.
Um grupo formado por cerca de dez familiares de vítimas do acidente aéreo, considerado o maior da história do País, pretendem passar a tarde do lado de fora do prédio da 8ª Vara Criminal da Justiça Federal, na Alameda Ministro Rocha Azevedo. "A gente espera a mais dura pena possível para este absurdo. Não dá nem para chamar de acidente. Foi uma tragédia provocada pela ganância e pela falta de responsabilidade de algumas pessoas", disse Luiz Carlos Heredia Santos, pai do piloto Ricardo Klein dos Santos, que morreu no acidente.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.