Duas pessoas morrem após forte chuva em Campinas

Temporal também deixou 11 desabrigados, dois feridos e cerca de 800 alunos sem aula

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Por Tatiana Favaro
Atualização:

Duas pessoas morreram e ao menos 11 outras ficaram desabrigadas após a chuva forte que atingiu Campinas, a 95 quilômetros de São Paulo, entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira, 30. O temporal também deixou cerca de 800 alunos sem aula e duas pessoas feridas.   As vítimas fatais eram os estudantes Luisa Rodrigues Moraes, 25 anos, e Matheus Gabriel Bonassa, aluno do 6.º ano de medicina da PUC-Campinas. Ambos estavam em um carro que foi arrastado pela enxurrada para dentro do córrego da Avenida Orosimbo Maia, uma das principais vias da cidade.   Nesta terça, após identificados, os corpos foram enviados, respectivamente, para São José dos Campos e Indaiatuba, segundo informações da Setec, o serviço funerário da cidade.   De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil em Campinas, Sidney Furtado, só na região da Avenida Orosimbo Maia choveu 94 milímetros em uma hora e meia. A Defesa Civil trabalha com 80 milímetros em três dias de chuva como índice de segurança.   A prefeitura de Campinas registrou 257 chamadas por conta de árvores derrubadas com o vento e a chuva. Cinco casas foram interditadas por desabamentos parciais, e 13 árvores caíram sobre residências em pontos distintos da cidade. "O que agravou a situação foi o vento. Nessa intensidade fazia tempo que eu não via tempestade como a de ontem (segunda). Foi tudo muito rápido", disse Furtado. A chuva também atingiu Itapira, Monte Mor, Hortolândia e Santa Bárbara d'Oeste, com ocorrências de menor escala.   O temporal começou por volta de 22h30 e, segundo a Defesa Civil, provocou o destelhamento e desabamento parcial de casas, deixou diversos pontos da cidade sem energia elétrica, derrubou árvores e fios de energia elétrica dos postes, e prejudicou o funcionamento de semáforos. Em uma escola estadual da Vila Perseu Leite de Barros, em Campinas, ao menos 800 alunos ficaram sem aula, porque o prédio foi danificado pelo vento e pela chuva.   Segundo informações do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o vento chegou a uma velocidade de 117 quilômetros por hora. O Aeroporto Internacional de Viracopos ficou fechado na noite de segunda-feira para pousos e decolagens.

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