Por volta de meia-noite, a Dragões da Real entrou na avenida do samba neste domingo, 3 última noite de desfiles no Anhembi. A escola traz o tempo como tema, tendo no samba-enredo o mote "A invenção do tempo. Uma odisseia em 65 minutos".
Vários relógios tomam conta dos carros alegóricos que, banhados em vermelho e amarelo, se destacam pela imponência e pelo brilho na avenida. As cores preta e branca também marcam a agremiação.
No segundo carro, o titã Cronos, deus do Tempo e filho de Urano, da mitologia grega, segura uma ampulheta. Engrenagens de relógio permeiam toda a alegoria, que vem rica em detalhes que abusam do dourado.
O desfile da Dragões tenta desvendar o mistério do tempo ao abordar, por exemplo,viagens ao passado. A composição também fala sobre o mundo veloz regido pela pressa e a escravidão em relação aos ponteiros do relógio.
Na ala "Relógio de Pêndulo", a escola apresenta as mães do samba, que nos terreiros ditam, com sabedoria, o tempo para os acontecimentos.