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Doria anuncia início das obras de restauro do Museu do Ipiranga

Governador disse que USP seguirá responsável pelo espaço após reabertura em 2022, com ‘gestão autossuficiente’ e sem dinheiro público

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Por Priscila Mengue
Atualização:

SÃO PAULO - De fora, os aplausos e o vaivém de empresários e autoridades no Museu do Ipiranga chamaram a atenção de quem foi ao Parque da Independência neste sábado, 7, na zona sul de São Paulo. Os mais curiosos se aproximavam e perguntavam se era possível visitar o espaço, no que eram respondidos com um "é evento fechado". 

Museu do Ipiranga está fechado desde 2013 e deve reabrir apenas em 2022 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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O evento em questão era a cerimônia que marcou o início das obras de restauro, reforma e ampliação do museu, fechado desde agosto de 2013. O anúncio foi feito à imprensa em frente ao edifício pelo governador João Doria (PSDB), que usava um boné branco com os dizeres "Novo Museu do Ipiranga".

Segundo Doria, as obras serão iniciadas "nesta semana" e concluídas até 7 de setembro de 2022, bicentenário da independência do País. Ele disse mais uma vez que os R$ 140 milhões necessários para o restauro do museu e do parque foram obtidos integralmente com a iniciativa privada, em parte por leis de incentivo à cultura.  Também ressaltou que estão assegurados recursos privados para melhorias no Parque da Independência e a despoluição do Córrego do Ipiranga.

No anúncio, o governador afirmou que a Universidade de São Paulo (USP) continuará com a gestão do museu após a reabertura, mas "sem nenhum dinheiro público". “O museu tem de ser autossuficiente, não pode ser sustentado pelo governo. Ele tem de seguir o mesmo padrão dos museus americanos, em que com ingresso, eventos, locação de áreas fora do uso regular e os direitos autorais são sustentáveis." 

A reforma e restauro internos e a construção de um subsolo com a nova entrada pelo Parque da Independência estão orçados em R$ 120 milhões. O projeto prevê acesso ao museu por duas escadas rolantes e um elevador. Outros R$ 40 milhões dizem respeito a mobiliário, revestimento, equipamento de segurança, sinalização e outros.

Doria critica Crivella por determinar recolhimento de HQ com beijo gay

Na ocasião, o governador também declarou que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), “exagerou” ao determinar o recolhimento do HQ Vingadores - A Cruzadas das Crianças, que traz um beijo entre dois personagens masculinos.“Foi além do que poderia ter ido, mas não deixo de respeitá-lo”, disse Doria, que não quis usar o termo censura.

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Doria alegou que a situação não pode ser comparada ao recolhimento de livros didáticos que determinou na rede estadual de Educação, anunciado na terça-feira, 3. O material trazia um texto sobre diversidade sexual e de identidade de gênero. “Aquilo contrariava o currículo no Estado de São Paulo", disse o governador.

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