01 de fevereiro de 2013 | 02h00
Os promotores pediram a prorrogação da prisão temporária por 30 dias de Elissandro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios-proprietários da boate, e do cantor Marcelo de Jesus dos Santos e do auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha. Eles tiveram prisão temporária, de 5 dias, decretada logo após o incêndio.
A manifestação afirma que os indícios demonstram que a casa não tinha segurança. "Estava operando com número bem acima de sua capacidade", diz o MP.
Para o MP, as investigações policiais apontam para falta de equipamentos de combate a incêndio, como extintores, luzes e saída de emergência.
"Houve o uso de artefatos pirotécnicos não permitidos para ambientes fechados e de materiais altamente inflamáveis não permitidos para o isolamento acústico", escrevem os promotores de Santa Maria.
Dutra e Waleska também questionam a atuação dos funcionários da Kiss. "As pessoas contratadas eram despreparadas para lidar com o público em caso de pânico e, ainda por cima, noticiou-se que os seguranças não permitiram a saída dos frequentadores que tentavam fugir."
Bonilha, segundo o MP, adquiria os artefatos pirotécnicos, "com ciência de que não poderiam ser usados em ambiente fechado". O vocalista teria conhecimento do fato e, mesmo assim, utilizava os artefatos pirotécnicos durante as apresentações.
Liberdade. Ontem à tarde, a Justiça gaúcha negou pedido de liberdade de Spohr. A prisão temporária dos quatro suspeitos venceria hoje. "Estamos analisando para ver como vamos pedir a prorrogação da prisão", afirmou o delegado.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.