Dono de restaurante é morto na zona sul de SP

Sócio de duas franquias da rede Feijão de Corda foi executado em bar por suposto assaltante; ameaças por conta de sociedade são investigadas

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

O empresário Agnaldo França da Silva, de 44 anos, foi assassinado na noite de anteontem, durante um assalto em um bar na zona sul de São Paulo. Silva era sócio de dois restaurantes da franquia Feijão de Corda. Mesmo sem ter reagido, o empresário foi atingido com dois tiros na cabeça e morreu no local. A polícia não descarta que o crime tenha sido um acerto de contas.A mulher do empresário afirmou aos policiais que Silva havia registrado vários boletins de ocorrência de ameaças que estaria recebendo de um dos sócios. Segundo ela, os dois disputavam a sociedade de um restaurante.O crime aconteceu por volta de 21h50 no Bar Boy, na Avenida Atlântica (antiga Robert Kennedy), no bairro do Socorro, zona sul de São Paulo. O estabelecimento estava fechado e Silva jogava baralho com o dono do bar e um amigo. Os três estavam próximos do gradil que separa a rua do bar quando um homem se aproximou e, pela grade, anunciou o assalto. Os três chegaram a dar o dinheiro mas, sem explicação, o criminoso atirou duas vezes na cabeça de Silva.Segundo o comerciante Jefferson Geraldo de Araujo, de 45 anos, o Boy, dono do bar, depois dos tiros ele e o amigo correram para dentro do local. Araujo não reconheceu o atirador e também não soube dizer se estava de carro ou moto, apenas que usava boné. "Entregamos o dinheiro que estava ali com a gente e o cara não quis levar mais nada. Bem diferente das outras vezes que me roubaram", disse. O comerciante disse que era amigo de Silva havia muitos anos e todas as semanas se reuniam para jogar baralho e conversar. O caso foi registrado no 102.º DP e a investigação cabe ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo de Silva foi velado ontem no Cemitério Parque dos Girassóis, também na zona sul. De acordo com o cemitério, o sepultamento será realizado hoje às 9 horas. Silva era casado e tinha uma filha de 10 anos. O empresário era sócio de uma franquia Feijão de Corda na zona sul e outra em Diadema.

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