
13 de dezembro de 2011 | 16h48
ARAÇATUBA - O aposentado Orlando Santos, de 59 anos, dono do cachorro Titã, disse em depoimento à polícia que não enterrou seu animal. Segundo ele, o cãozinho costumava fazer buracos no quintal para amenizar a coceira da sarna.
Na semana passada, Santos disse que viu o animal deitado num buraco e cutucou o bichinho, que não se mexeu. E decidiu colocar folha de mandiocas e bananeira sobre ele, achando que estivesse morto.
Visivelmente debilitado e com a fala rouca, o aposentado, que sofre de câncer, diabetes e tuberculose, disse que jamais mataria o cão porque ele é seu único companheiro.
O delegado de Novo Horizonte Luiz Fernando Ribeiro, responsável pelo caso, disse acreditar na versão porque o aposentado, que foi ouvido em casa, não tem força física aparente para abrir um buraco no chão.
A polícia espera agora laudo da perícia para saber se o buraco foi feito pelo cão ou por uma pessoa antes de concluir o caso que apura crime ambiental de abuso contra animais.
Já o cachorro continua em estado grave passando por tratamento numa clínica da cidade. Ela foi resgatada na última quarta-feira no quintal da casa de Santos depois de ficar enterrada viva por mais de 12 horas.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.