
22 de maio de 2013 | 02h04
A Direção-Geral de Aviação Civil (DHGM) da Turquia abriu investigação para apurar as causas do acidente de balão que matou três brasileiras anteontem. A embaixada do Brasil espera um relatório "em poucas semanas". A aeronave caiu na Capadócia, após bater em outro balão durante passeio nas imediações do vilarejo histórico e turístico de Göreme, na província de Nevsehir. Sete dos oito brasileiros feridos permanecem internados - um em estado grave.
Mahmoud Ulluer, diretor e filho do proprietário da Anatolian Ballons, disse ontem ao Estado que o acidente foi causado por uma manobra irregular do segundo balonista envolvido na colisão. "O da outra companhia veio na direção do nosso, acertando o envelope (parte inflável) e causando um rasgo que o derrubou."
Segundo o diretor, a aeronave da Anatolian Balloons estava descendo, e não subindo, como afirmado pelas agências de notícias. "As normas técnicas indicam que quem viaja em trajetória descendente tem prioridade. Nosso balão fazia essa trajetória e, portanto, tinha a prioridade em relação ao balão que veio em sua direção."
Ulluer elogiou seu piloto, que teria mantido o controle do balão durante 250 metros de queda. "Nosso piloto é um herói. Ele fez tudo o que pôde até aterrissar, dando instruções de segurança para todos os passageiros." Para o diretor, não se trata de um crime, mas de um "acidente aéreo", "oficialmente qualificado assim pelas autoridades". "Estamos muito tristes e rezamos por todas as vítimas. Estamos trabalhando para que todos os feridos tenham o melhor tratamento possível."
Os corpos das vítimas - Maria Luiza Gomes, de 71 anos, Marina Rosas, de 65, e Ellen Kopelman, de 76 - foram levados para a capital turca, Ancara. Segundo Roberto Alfaia, secretário da embaixada brasileira, a liberação do translado para o Brasil depende do governo turco e dos seguradores das vítimas.
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